sábado, 16 de maio de 2009

Poder Sem Limites - Parte 2: Crenças

Coloco aqui um resuminho do que Anthony Robbins fala sobre os sistemas de crenças no livro Poder Sem Limites. É uma das partes fundamentais dos livro e, pelo que vi, da PNL.


Segundo Robbins, sempre pensamos em crenças no sentido de credos ou doutrinas e muitas crenças o são. Mas, no sentido básico, uma crença é qualquer princípio orientador, máximas, fé ou paixão que pode proporcionar significado e direção na vida. São os filtros pré-arranjados e organizados para nossas percepções do mundo. Quando temos convicção de que alguma coisa é verdade, é como se mandássemos um comando para nosso cérebro, de como representar o que está ocorrendo. Se quisermos modelar excelência, precisamos aprender a modelar as crenças daqueles que alcançaram excelência. Crença não é mais que um estado, uma representação interna, que governa o comportamento. Pode ser uma crença fortalecedora numa possibilidade, crença de que seremos bem-sucedidos em alguma coisa, ou realizaremos algo mais. Lembre-se: quer você diga que pode fazer alguma coisa ou diga que não pode, você está certo.


Anthony Robbins diz no livro que o nascimento da excelência começa com nosso reconhecimento de que nossa crença é uma escolha. Você pode escolher crenças que o limitem, ou que o apóiem. O maior erro de concepção que as pessoas, em geral, têm sobre a crença é ser ela (pensam) um conceito estático, intelectual, algo distante da ação e resultados. Nada pode estar tão longe da verdade. A crença é a entrada para a excelência, precisamente por não haver nada separado ou estático nela. As crenças podem abrir ou fechar o fluxo de idéias. Quando diz congruentemente que não pode se lembrar, está certo. Quando diz que pode, você dá uma ordem a seu sistema nervoso, que abre os caminhos para a parte do cérebro que tem capacidade de dar as respostas necessárias.


Segundo o livro, crenças são abordagens para a percepção pré-formadas, pré-organizadas, que filtram nossa comunicação para nós mesmos, de uma maneira consistente. A primeira fonte é o ambiente. Se você crescer com bem-estar e sucesso, pode, com facilidade, modelar bem-estar e sucesso. Se você cresceu na pobreza e desespero, é daí que vêm seus modelos de possibilidade. Acontecimentos, pequenos ou grandes, podem ajudar a criar crenças. A maioria de nós tem experiências das quais nunca esquecerá, circunstâncias que provocaram tal impacto, que ficaram instaladas para sempre em nossos cérebros. Um terceiro caminho para criar crenças é através do conhecimento. Uma experiência direta é uma forma de conhecimento. Outra é obtida pela leitura, vendo filmes, vendo o mundo como é retratado por outros. O conhecimento é uma das grandes maneiras de quebrar as algemas de um ambiente limitador. Não importa quão rígido seja o seu mundo; se puder ler sobre as realizações dos outros, pode criar as crenças que lhe permitirão ser bem-sucedido. Um quarto caminho para criar resultadas é através de nossos resultados passados. A maneira mais certa para criar a cre nça de que você pode fazer alguma coisa é fazê-la uma vez. Só uma vez. Se você for bem-sucedido uma vez, é bem mais fácil formar a crença de que fará novamente com sucesso. Se descobri que consegue uma ou duas vezes, também conseguirá no futuro. O quinto caminho para estabelecer crenças é através da criação em sua mente da experiência que deseja no futuro. Assim como as experiências passadas podem mudar suas representações internas e, desse modo, o que você acredita passa a ser possível, também podem mudar as experiências imaginárias de como quer que as coisas sejam no futuro. Quando os resultados que tem em sua volta não o estão apoiando para ficar num estado rico e efetivo, você pode simplesmente criar o mundo da maneira que quer que ele seja, e entrar nessa experiência, mudando, pois, seus estados, suas crenças e suas ações. Qualquer que seja sua meta, se criar em sua mente uma imagem clara do resultado que quer e representá-lo para si mesmo como se já o tivesse alcançado, então você entrará nas espécies de estados que o apoiarão para criar os resultados que deseja.


Robbins, conscientemente, questiona: Crenças afirmativas sempre garantem resultados? Claro que não. Se alguém lhe diz que conseguiu uma fórmula mágica para garantir sucesso perpétuo e perfeito, é melhor que você agarre sua carteira e comece andando em direção oposta. Mas a história tem mostrado, de tempos em tempos, que se pessoas mantêm o sistema de crença que as fortalece, continuarão voltando com ações e recursos bastantes para finalmente serem bem-sucedidas.


Robbins destacou sete crenças que merecem ser analisadas. O conselho dele é que olhemos para elas e decidamos se são úteis ou não para nós. Não são as únicas crenças úteis do sucesso. São um começo, encontradas repetidas vezes em pessoas de sucesso. Para modelar excelência, temos de começar com os sistemas de crença da excelência.


Crença 1: Tudo acontece por uma razão e um fim, e isso nos serve.

Todas as pessoas de sucesso têm a estranha capacidade de focalizar o que é possível numa situação, que resultados positivos podem vir dela. Não importa quão negativo seja o "retorno" ou feedback que tragam de seu ambiente, elas pensam em termos de possibilidade. Pensam que tudo acontece por uma razão, e isso as satisfaz. Acreditam que toda adversidade contém a semente de um benefício equivalente ou maior.


Crença 2: Não há essa coisa chamada fracasso. Há somente resultados.

Todos nós podemos pensar em ocasiões em que quisemos uma coisa e conseguimos outra. Fomos todos reprovados num teste, sofremos por um romance frustrante que não deu certo, montamos um plano de negócios para ver tudo sair errado. Usei as palavras "efeito" e "resultados" porque é o que as pessoas bem-sucedidas vêem. Elas não vêem fracasso. Não acreditam nele. Isso não conta. As pessoas sempre conseguem alcançar algum tipo de resultado. Os supersucessos de nossa cultura não são pessoas que não falham, mas simplesmente pessoas que sabem que se tentarem alguma coisa e não obtiverem o resultado desejado, pelo menos tiveram uma experiência de aprendizado. Elas usam o que aprenderam e tentam alguma outra coisa. Tomam algumas novas medidas e produzem alguns novos resultados. Pessoas que temem o fracasso fazem com antecedência representações internas do que poderá não funcionar. É isso que não lhes permite tomar a única medida que poderia assegurar o cumprimento de seus desejos.


Pessoas que acreditam em fracasso têm quase garantida uma existência medíocre. Fracasso é alguma coisa que só não é percebida por pessoas que conseguiram grandeza. Elas não residem com ele. Não juntam emoções negativas a alguma coisa que não funciona. Certa vez, Buckminster Fuller escreveu: "Qualquer coisa que os seres humanos aprenderam, tiveram de aprendê-lo como conseqiiência do processo de tentativa e erro. Os humanos só aprenderam através de erros"

Crença 3: Qualquer coisa que aconteça, assuma a responsabilidade.

Outro atributo que os grandes líderes e realizadores têm em comum é que operam a partir da crença de que criaram o mundo deles. A frase que ouvirá com freqüência é: "Sou responsável. Cuidarei disso". Se não realizaram isso com suas ações físicas, talvez o fizeram pelo nível e teor de seus pensamentos. Nenhum cientista pode provar que seus pensamentos criaram nossa realidade. Mas é uma mentira útil. É uma crença fortalecedora. A preferência pelo que acreditar depende somente de cada um.


Crença 4: Não é necessário entender tudo para ser capaz de usar tudo.

Muitas pessoas bem-sucedidas vivem pela crença útil de outras. Elas não acreditam que precisam saber tudo sobre tudo, a fim de usá-las. Sabem como usar o que é essencial, sem sentir necessidade de aprofundar-se em cada detalhe. Se você estudar pessoas que estão com poder, descobrirá que têm um conhecimento elaborado sobre uma porção de coisas, mas freqüentemente têm pouco domínio de todo e cada detalhe de seu empreendimento. Eles extraem a essência de uma situação, tiram o que precisam, e não se detêm no resto. É claro que, se estiverem intrigados com alguma coisa, se quiserem entender como um motor funciona, ou como um produto é manufaturado, usam um tempo extra para aprender. Mas estão sempre conscientes do que mais precisam. Sempre sabem o que é essencial e o que não é.


Crença 5: As pessoas são os seus maiores recursos.

Indivíduos de excelência, isto é, pessoas que conseguem resultados notáveis, quase universalmente têm um tremendo senso de respeito e apreciação pelas pessoas. Têm um senso de equipe, de interesse comum e unidade. Empresas bem-sucedidas são aquelas que tratam as pessoas com respeito e dignidade, que olham seus empregados como sócios, não como ferramentas.


Crença 6: Trabalho é prazer.

Todos nós podemos fazer o melhor para encontrar trabalho que nos revigore e excite. E podemos trazer para o que quer que façamos no trabalho muitos dos aspectos do que fazemos no prazer. Segundo Mark Twai, “o segredo do sucesso é fazer da sua vocação sua distração”. Há pessoas que parecem loucamente concentradas no trabalho porque o amam. Isso os desafia, estimula a olhar o trabalho como a maioria de nós olha o prazer. Eles o vêem como uma maneira de expandir-se, aprender coisas novas, explorar novos caminhos. Não há qualquer trabalho sem alternativas, há somente pessoas que perderam o senso de possibilidades, que decidiram não assumir responsabilidades, que decidiram acreditar no fracasso. Não é necessário ser um maníaco por trabalho ou fazer o mundo girar em torno do trabalho, mas seu mundo será mais enriquecido se tentar colocar nele a mesma curiosidade e vitalidade que coloca em seu lazer.


Crença 7: Não há sucesso permanente sem confiança.

Se há uma única crença que parece quase inseparável do sucesso é a de que não há grande sucesso sem grande confiança. Se você olhar para as mais bem-sucedidas pessoas em qualquer campo, descobrirá que não são necessariamente as melhores e as mais brilhantes, as mais rápidas e as mais fortes. Descobrirá que são aquelas com a maior confiança. A diferença de puras habilides físicas entre os atletas raras vezes diz alguma coisa. É a qualidade do compromisso que separa os bons dos grandes.

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