Taylor diz que a pesquisa da Professora Saras Sarasvathy, que leciona Empreendedorismo na Universidade de Virgínia, tem muitas respostas para o tema e trabalha em torno de uma grande questão: O que torna os empreendedores empreendedores? Existe o pensamento empreendedor e ele é diferente de forma relevante em comparação com o pensamento MBA sobre problemas e aproveitar oportunidades? A resposta de Sarasvathy é um enfático sim.
Raciocínio Causal/Efetual
Sarasvathy explica que o raciocínio causal, usado pelos MBAs, começa com um objetivo pré-determinado e um dado conjunto de meios, e busca identificar a alternativa ótima - mais rápida, mais barata, mais eficiente, etc. - para atingir o objetivo. Este é o mundo de planos de negócios exaustivos e ROIs microscópicos. O raciocínio efetual, usado pelos empreendedores, não começa com um objetivo específico. Ao invés disso, começa com um dado conjunto de meios e permite que os objetivos surjam de forma contingente ao longo do tempo a partir da imaginação variada e aspirações diversas dos fundadores e das pessoas com quem eles interagem. Este é o mundo do bootstrapping (começar um negócio sem ajuda externa ou capital - wikipedia), dos protótipos rápidos e do marketing de guerrilha.
Raciocínio causal é sobre quando você espera ganhar; efetual é sobre quanto você suporta perder. Causal gira em torno de análises competitivas e lógica soma-zero; efetual engloba redes e parcerias. Causal incita a exploração de conhecimento pré-existente; efetual acentua a inevitabilidade de surpresas e alavancagem de opções.
A diferença na mente se resume a uma diferente forma de levar o futuro. Causal é baseado na lógica "na medida em que podemos prever o futuro, podemos controlá-lo". Por isso MBAs e grandes empresas gastam tempo com modelos estatísticos e pesquisa de mercado. O efetual, no entanto, é baseado na lógica "na medida em que podemos controlar o futuro, não precisamos prevê-lo". Como controlar o futuro? Inventando-o por si mesmo - mobilizando recursos escassos, entendendo que que surpresas são para serem esperadas em vez de evitadas, reagindo rapidamente a elas.
Por fim, empreendedores começam com três conjuntos simples de recursos: "Quem são eles" - seus valores, habilidades a gostos; "O que eles sabem" - sua educação, expertise e experiência; e "Quem eles conhecem" - seus amigos, aliados e redes. Com isso, os empreendedores começam a imaginar e implementar efeitos possíveis que podem ser criados com eles. Planos são feitos e desfeitos e revisados e reformulados através da ações e interação com os outros diariamente.
Segundo Taylor, empreendedores têm o necessário para os tempos difíceis.
Resumindo:
Pensamento Causal - MBAs
- Começa com objetivo e tenta identificar o meio ótimo para atingi-lo
- Quanto espera ganhar
- Análises competitivas e lógica soma-zero
- Exploração de conhecimento pré-existente
- "Na medida em que podemos prever o futuro, podemos controlá-lo"
- Começa com um conjunto de meios e permite que objetivos surjam com o tempo a partir de imaginação e aspirações
- Quanto suporta perder
- Redes e parcerias
- Inevitabilidade de surpresas e alavancagem de opções
- "Na medida em que podemos controlar o futuro, não precisamos prevê-lo"
- "Quem sou eu" - valores, habilidades e gostos
- "O que sei" - educação, expertise e experiência
- "Quem eu conheço" - amigos, aliados e redes
Link: http://blogs.harvardbusiness.org/taylor/2009/05/mbas_vs_entrepreneurs_who_has.html
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