quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Palestra do Gustavo Cerbasi


Posto aqui as minhas anotações da palestra do Gustavo Cerbasi na UEL dia 10 de agosto. Para mais informações, acesse http://www.maisdinheiro.com.br. Na palestra Cerbasi diz que a ideia é fácil de entender mas poucos fazem e começa com o que ele diz ser a pergunta da sua vida:

Quem trabalha para você?

O capital gera o trabalho e os trabalhadores multiplicam o capital. Ou seja, quem tem capital contrata pessoas para multiplicar seu capital e quem não tem multiplica o capital dos outros. Mas nada impede que aqueles que não tem o capital trabalhem e poupem formando um capital que posteriormente outros trabalhadores multiplicarão. E uma ideia que Cerbasi coloca é que parar de trabalhar, nunca, ou seja, não é uma opção. Por isso é importante gostar do que faz. E ainda, nesse sentido, o negócio próprio é, portanto, a melhor carreira.

E quando se fala de futuro, Cerbasi gosta da frase de Peter Drucker - "prever o futuro é construi-lo". Existem 3 caraterísticas que os jovens tem em relação ao dinheiro. Primeiro, não ganham dinheiro, segundo, não tem, e terceiro, sabem gastar o que tem e gastam bem.

O método de Cerbasi é simples:

Gaste menos do que ganha e invista bem a diferença.

Gaste
Aprenda a gastar bem, gasto de qualidade, pois quem não gasta não enriquece. Lembre-se sempre: o futuro é a continuidade do presente. Não deixe só para o futuro, sacrificando o presente. Gaste com mais lazer, bem estar e qualidade de vida. Esses gastos lhe dão mais flexibilidade, mais manobra, e permite que você lide com os problemas mais fácil. Além disso, evite gastos fixos (aluguel, prestação) e tenha um orçamento variável, pois nessa etapa de vida podem haver muitas mudanças de planos.

Menos do que ganha
Tenha sempre a disciplina de economizar. Lembre, porém, que a poupança deve virar investimento. Deixar o dinheiro na poupança é simplesmente postergar o consumo pois poupança não gera rendimentos, apenas correção.

Invista Bem a Diferença
Investir bem a diferença requer inteligência. Cerbasi apresentou a teoria dos baldes para o orçamento doméstico, uma sugestão simples de uso do dinheiro.

O primeiro balde é o de GASTOS BÁSICOS. E nesse balde vale a qualidade de escolha. Em vez de tentar logo comprar casa e carro com prestações, invista em lazer. Foque no que você tem que ter e tem que fazer e em uma vida mais simples, tranquila, invista em felicidade.

O segundo balde é o de INVESTIMENTOS. Lembrando que o futuro é a continuidade do presente, pense no que você quer hoje. Pense em sustentabilidade e não em troca, ou seja, em continuidade e não ter menos hoje para ter mais amanhã. Em vez de poupar mais, seja adaptável, ou corre o risco de perder a saude para ter mais dinheiro.

E o terceiro balde é o de LUXO, com o que você quiser.

Cerbasi também diz: não sonhe, construa seu sonho. Quanto custa esse sonho, por mês? Tenha equilíbrio, e equilíbrio é poupar sem perder o que tem hoje. Se você tiver disciplina para investir, sempre usado o balde de investimentos, certamente se tornará rico. Não tente fixar a quantidade de investimentos, como 30% ou 10%, siga seu estilo de vida e faça suas escolhas.

Segredo para Não Faltar
  1. Poupar para segurança - 8 a 10%
  2. Qualidade de vida - felicidade, lazer, clube, cinema, trabalho voluntário
  3. Gastos básicos - casa, carro, roupa
Cerbasi comentou que quando fala de riqueza ele fala em ter o suficiente para viver de renda. Nesse sentido, ele analisa que algumas decisões aceitas como o quem casa quer casa. Ao fazer um financiamento de imóvel, faz-se um planejamento de longo prazo que envolve por exemplo 100 mil à vista, mais parcelas por 20 anos a 1% de juro comprometendo aproximadamente 30% da renda com uma casa que tem ainda um quartinho extra para um futuro filho.

No entanto, este investimento cobre necessidades que ainda não existem e, o pior, faz com que a pessoa engesse o orçamento e deixe de investir. Nesse caso, existe também a opção de investir esses 30% e pagar o aluguel de um apartamento bem menor, investindo em mais lazer e mais investimento, que são necessidades imediatas. Engessar o orçamento, com especialmente nessa etapa de vida, é arriscado. O imóvel faz com que a pessoa fixe raizes na cidade onde está o imóvel em um periodo em que ela não ganha também. O aluguel dá mais flexibilidade e é melhor fincar raizes quando se ganha bem. Sempre desconfie do banco, ou seja, confie porque você conhece e levantou todas as informações.

Os 4 Ingredientes

  1. Tempo - é melhor investir quando se tem tempo pela frente. Nessa etapa de vida também não é recomendável perder tempo estudando investimentos. É melhor gastar o tempo investindo na carreira para ter mais renda, ficando mais tranquilo e deixando os investimentos serem gerenciados por pessoas especializadas que o multiplicarão.
  2. Juros Compostos - reinvestir os juros recebidos. Isso é regra em vários negócios, seja em aplicações em papeis ou em compra e venda. Esse investimento deve estar à parte da sua vida pois isso ajudará a formar um bom volume de dinheiro, e quanto maior o volume maior o efeito dos juros.
  3. Decisões Inteligentes - decisões inteligentes requerem maturidade, e maior contato com o mercado
  4. Dinheiro - um plano de previdência privada muitas vezes é um bom investimento, pois estar com o futuro garantido deixa mais livre para mais riscos.
Quanto a investimentos mensais, lembre-se de corrigir o investimento com a inflação. Além disso, o rendimento a considerar é sempre o líquido, descontando imposto de renda e inflação. 1% de rendimento líquido é fácil quando se tem disciplina. Além disso, ninguém investe sozinho, faça uso da inteligência coletiva.

Para lidar bem com investimentos você deve estar envolvido e bem informado. A dica do Cerbasi é experimentar. Ele trabalha com ações por ser da área financeira e estar mais confortável com esse tipo de aplicação, fazendo análises simples como patrimônio por lucro e yield e usando informações de relações com investidores. No entanto, no Brasil, hoje, qualquer investimento pode dar um bom retorno.

Resumindo as ideias do Cerbasi, lembre-se: por que você trabalha? Para enriquecer o empregador. A riqueza está nas suas escolhas. Persiga seu sonho, construa, concretize por elementos, o dinheiro vem atrás. Não pense somente em um número, como 1 milhão. mais importante que isso é a saude, a mente, os amigos, o amor. O dinheiro apenas potencializa o que você já é.

sábado, 2 de julho de 2011

HBR - Repensando o Capitalismo


Posto aqui um resumo das ideias apresentadas por Michael Porter na entrevista em vídeo Rethinking Capitalism feita pela Harvard Business Review em 5 de janeiro. Os trabalhos de Porter, como "As Cinco Forças Competitivas que Formam a Estratégia", revolucionaram o assunto Estratégia e nesta entrevista ele apresenta uma evolução do capitalismo para atender as demandas da sociedade.

Segundo ele, os negócios evoluiram no escopo estreito de como criar valor econômico e as empresas acabam sendo vistas como criadoras de lucro ao custo das comunidades em vez de criar valor que acima de tudo beneficie as comunidades. Desta forma, os governos passaram a ver negócios como problemas, fontes de coisas ruins alimentando um modelo mental com cada vez mais regulação, controle e impostos, satisfazendo uma opinião pública que surge dessa percepção dos negócios.

Nos últimos anos a visão de relacionamento entre negócios e sociedade foi marcada pela ideia de que a maximização de lucros era benéfica à sociedade por gerar mais empregos e, assim, inclusão social, de forma que o que é bom para os negócios é naturalmente bom para a sociedade. No entanto, há áreas, como saude, nutrição e a crise hipotecária, em que a relação entre maximização de lucro e as demandas da sociedade se tornaram mais complicadas.

Ainda que o lucro não seja fundamentalmente inconsistente com as necessidades da sociedade, se as empresas enxergarem o lucro em uma perspectiva estreita, não pensarem de forma mais abrangente e de longo prazo e não entenderem as influências mais amplas na sustentabilidade do seu sucesso, poderão cair na situação de um lucro que vem ao custo das necessidades sociais. Dessa forma, as pessoas podem não gostar destas empresas, em uma situação em que há lucro porém não há contratações, há demissões, fornecedores locais saem do negócio e poluição.

A premissa de que é o que é bom para os negócios é bom para a sociedade deve ser mudada para o que é bom para a sociedade é bom para os negócios. Parece apenas um jogo de palavras, mas é uma grande mudança de pensamento. A nova frase diz que criar benefício social é uma forma poderosa de criar valor econômico para a empresa. Por não pensarem dessa forma, muitas empresas perdem grandes oportunidades de lucro do jeito certo que na realidade surgem de atender necessidades sociais humanas. Pensando no meio ambiente, por exemplo, pode surgir simplesmente por alguém querer ser uma boa pessoa. No entanto, muitas empresas, hoje, economizam milhões em dinheiro, eliminando logística desnecessária ou usando menos energia, por exemplo. Outras empresas criam produtos que não lidam apenas com necessidades básicas, que não forçam produtos aos consumidores, mas sim produzem produtos que são de verdade bons para os consumidores, que são nutricionais, saudaveis, auxiliam-nos a economizar e criar sua família. Essa é a forma certa de criar lucro.

Uma das premissas do conceito de valor compartilhado (Shared Value) é que nós maximizamos a satisfação de necessidades convencionais das últimas décadas, porém nós temos vastas necessidades sociais, nos paises em desenvolvimento ou nos desenvolvidos, como em questões de saude, habitação, e nós podemos mobilizar o capitalismo para resolver estas questões e podemos ganhar muito dinheiro fazendo isso. O lucro nesse contexto deve vir de valor compartilhado, não ao custo das comunidades.

Porter se deu conta desse conceito quando estudou qual a importância da localização das empresas, o que foi crítico para ver as sinergias e relações entre os negócios e a sociedade. Nesse sentido, no próximo capítulo do pensamento sobre estratégia, sobre configuração de cadeias de valor e criação de vantagens estratégicas, as dimensões de valor compartilhado da estratégia de uma empresa, que envolvem os impactos sociais e as necessidades importantes da sociedade, vão ser os maiores diferenciais que as empresas poderão mobilizar.

Um exemplo é a empresa Whole Foods, que criuou um enorme sucesso econômico utilizando o conceito de valor compartilhado. Na opinião de Porter, a estratégia das empresas que obterão vantagens competitivas sustentáveis não vai ser baseada em pequenas diferenças e equilíbrios entre custo e qualidade, mas engajarão comunidades nunca atendidas e considerarão as necessidades humanas fundamentais relacionadas aos produtos.

Será que é possível escolher entre lucro e comunidade? Porter diz que há muitas coisas que as empresas podem fazer que não envolvem esse trade-off entre comunidade e lucro. E é nessas ações que as empresas devem focar. Nesse sentido, para construir valor compartilhando pensando além dessa perspectiva, não dê dinheiro em causas sociais aleatórias simplesmente para construir uma reputação. Em vez disso, compreenda bem o que é o seu produto, com é a sua cadeia de valor e entenda onde eles tocam importantes necessidades da sociedade. Se você é uma empresa de alimentos, pense em nutrição, se a sua empresa tem um produto que utiliza muita energia, pense no uso de energia do produto, se a sua empresa está no setor financeiro, pense em poupança, financiamento ou a compra de casa própria, mas de uma forma que realmente seja boa para o consumidor, não apenas uma iniciativa cínica para forçá-los a adquirir uma hipoteca que eles não vão conseguir pagar. Então, há muitas oportunidades em produtos, cadeias de valor e clusters de várias organizações.

Um exemplo é o fair trade, que visa distribuir melhor os preços entre produção e logística para que os agricultores possam receber mais. Essa é uma ideia clássica da de Responsabilidade Social Corporativa, em que há uma torta fixa, ou seja, uma quantidade de riqueza fixa e foca-se na redistribuição e no fazer com que as pessoas se sintam boas, por serem justas. No valor compartilhado, a verdadeira oportunidade é aumentar a torta pensando em como criar mais valor e, assim, o agricultor vai ser recompensado por participar na criação de mais valor do qual todos são beneficiados. Nessa linha, as empresas estão aprendendo que treinar os agricultores para melhorar o plantio, melhorar o acesso a fertilizantes, sementes ou melhorar o sistema de logística resulta em mais produtividade por hectare, aumento de qualidade e consequentemente aumento do preço, já que as pessoas vão pagar mais por um produto de maior qualidade, o que faz com que o aumento da renda do agricultor vá de 20% para 200%. Isso não é caridade, é aumentar a torda, criando valor econômico e valor social.

A maior objeção para a RSC é por que uma pessoa com seus valores pessoais vai investir o dinheiro do acionista em uma causa e não outra? O valor compartilhado é de interesse da própria empresa, que irá, por exemplo, comprar o café de uma forma diferente. Nesse sentido é ainda a mão invisível e não o uso do dinheiro do acionista.

Há excelentes empresas liderando esse movimento. Os chefes de RSC estão percebendo que a RSC pode estar em uma fase terminal e que nós devemos avançar. O verdadeiro impacto não está na RSC ou na doação por caridades, mas sim em mobilizar o negócio em si. A boa notícia é que isso não é algo que ainda não está sendo realizado no mundo, há muitas empresas que já estão trabalhando nesse sentido como a Nestlé, Unilever e GE. Haverá um período fascinante à frente. Não vamos apenar fazer o bem para a sociedade, mas vamos acabar reconfigurando a cadeia de valor, repensando a localização das coisas, as relações com fornecedores e desenvolver produtos de uma forma diferente. E os benefícios que vão muito além do que podemos imaginar hoje.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

TED: O Poder da Vulnerabilidade


Posto aqui as ideias principais do TED talk da Brené Brown, Power of Vulnerability. Brené Brown estudou como as pessoas se ligam e, com um perfil voltado a análise de dados ao invés de discussões subjetivas, buscou desvendar quais características fazem com que as pessoas sejam mais ligadas.

Segundo ela, a conexão, a ligação, é a razão de estarmos aqui, o que dá propósito e significado à vida. A capacidade de se sentir ligado é neurobiologicamente como estamos programados.

Brown descobriu que vergonha e medo eram base para a conexão. E que a vergonha pode ser facilmente entendida como o o medo da desconexão. Algo que se as pessoas soubessem ou vissem sobre nós não nos faria dignos de conexão. Algo sobe o qual ninguém quer falar a respeito e sobre o qual quanto menos se fala mais se tem. No entanto, isso é universal, todos tem. As pessoas que não experimentam vergonha não têm capacidade para empatia ou conexão humana. A base dessa vergonha, o sentimento de não ser suficiente, bonito o suficiente, rico, esperto o suficiente, era uma vulnerabilidade dilacerante, essa ideia de que para que a conexão aconteça nós temos que nos permitir ser vistos, de verdade.

Após anos de pesquisa, Brown separou as pessoas que realmente tinham um senso de valor, mercimento, que tinham um forte senso de amor e pertencer (belonging) e as que lutavam por isso, que sempre se perguntavam se eram boas o bastante. E somente uma variável separou as pessoas que tinham um forte senso de amor e pertencer e as pessoas que lutavam por isso. As pessoas que tinham um forte senso de amor e pertencer acreditavam que eram dignas de amor e pertencer. Só isso. Elas acreditavam que mereciam. E a parte difícil do que nos mantém desconectados é nosso medo de que nós não somos dignos de conexão.

E o que essas pessoas tinham em comum era um sensor de coragem. Coragem não é valentia. A definição original de coragem vem do latim cor, que significa coração. E a definição original era para contar a história de quem você é com todo seu coração. Estas pessoas tinham, simplesmente, a coragem de serem imperfeitas. Tinham a compaixão de serem amáveis consigo mesmas e então com os outros, pois não podemos praticar a compaixão com os outros se não nos tratamos de forma amável. E eles tinham conexão como resultado de autenticidade, eles estavam dispostos a abandonar quem eles achavam que tinham que ser para serem quem eles eram, algo que você certamente tem que fazer para ter conexão.

Eles abraçavam completamente a vulnerabilidade. Acreditavam que o que os tornava vulnerável os tornava belos. Eles não sentiam isso como algo confortável ou dilacerante, apenas falavam disso como algo necessário. Falavam sobre a disposição de dizer "eu te amo" primeiro, a disposição de fazer algo onde não havia garantias, a disposição de respirar enquanto aguarda o médico chamar após um mamograma. Eles estavam dispostos a investir em uma relação que poderia ou não dar certo. E eles achavam isso fundamental.

A forma de viver é com vulnerabilidade e parando de controlar e prever. A vulnerabilidade é o centro da vergonha e do medo e nossa luta para o merecimento, mas parece que é também a fonte da alegria, da criatividade, do pertencer, do amor. Nós vivemos em um mundo vulnerável. E uma das formas com que lidamos com isso é que nós entorpecemos a vulnerabilidade. Nós somos os mais endividados, obesos, viciados e medicados bandos de adultos na história. O problema é que, pela pesquisa, você não pode seletivamente suavizar emoções. Não se pode dizer aqui estão as coisas ruins, a vulnerabilidade, a mágoa, a vergonha, o medo, a decepção, não quero sentir isto. Não se pode entorpecer os sentimentos difíceis sem entorpecer os afetos, as emoções. Quando nós suavizamos as coisas ruins suavizamos também a alegria, a gratidão, a felicidade.

Nós buscamos tornar perfeito. E nós buscamos tornar perfeito, mais perigosamente, nossos filhos. Nossa função não é dizer "Olha ela, ela é perfeita. Meu trabalho é mantê-la perfeita - ter certeza de que ela faça parte do time de tênis na quinta série e faça Yale na sétima série". Não é essa nossa função. Nossa função é olhar e dizer "Quer saber? Você é imperfeita, e você está programada para lutar, mas você é digna de amor e pertencer". Essa é nossa função. Mostre-me uma geração de crianças criadas dessa forma e nós vamos acabar com os problemas que vemos hoje.

Podemos nos deixar sermos vistos, profundamente vistos, vulneravelmente vistos. Amar com todo nosso coração, mesmo quando não há garantia - e isso é realmente difícil. Praticar a gratidão e a alegria nesses momentos de terror, quanto estamos nos perguntando "Consigo amá-lo tanto assim? Consigo acreditar nisso com essa paixão? Consigo ser tão feroz sobre isso?" só para ser capaz de parar e, ao invés de catastrofizar o que pode acontecer, dizer "Sou apenas tão grato, porque me sentir tão vulnerável significa que estou vivo".

Provavelmente o mais importante é acreditar que nós somos o bastante. Porque quando partimos de um lugar que diz "sou o bastante", quando nós paramos de gritar e começamos a ouvir, somos mais amáveis e mais gentis com as pessoas ao redor, e somos mais amáveis e mais gentis conosco mesmos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Podoposturologia


Pra quem sofre de dores e já tentou muitas técnicas sem resultado, posto aqui uma nova técnica da fisioterapia que está crescendo bastante.

Conforme a matéria do portal Bonde, "a podoposturologia é o campo da fisioterapia que estuda as alterações posturais através da análise dos pés. De origem francesa, a podoposturologia auxilia na prevenção e no tratamento terapêutico através da prescrição de palmilhas posturais e mecânicas. As palmilhas posturais podem ser utilizadas no tratamento e prevenção de dores na região lombar, quadril, joelho, tornozelo e pé. Já as palmilhas mecânicas servem para dar apoio, corrigir deformidades e melhorar a função dos pés".

Mais do que compensar uma pisada errada ou aumentar o conforto, estas palmilhas são projetadas para se adaptar especialmente à biomecânica do paciente, ou seja, fazem com que a postura e o caminhar da pessoa sejam corrigidos ao longo do tempo. Após o período do tratamento, que ocorre sempre que o paciente utiliza a palmilha, esta pode ser retirada, ou seja, as palmilhas são usadas por um tempo determinado.

Um dos principais nomes da Podoposturologia é um londrinense, Mauro Pedroni Júnior, conforme matéria no ClicRBS. O Júnior deu o curso de podoposturologia na VitaCamp e preza por preparar os seus pupilos no processo todo, desde a análise clínica até a fabricação e revisão das palmilhas, de modo que os novos profissionais possam atender seus pacientes com a devida qualidade. O Junior atende na sua clínica, a Fisioclínica Londrina, que fica na Avenida Madre Leônia.

Para aqueles que querem começar na área, deem uma olhada antes no portal PODOTech - http://www.podotech.com.br. Este portal é mantido pela HS Technology, uma empresa londrinense fundada em 2008 na Incubadora de Empresas da UEL. A HS possui os equipamentos para podoposturologia mais modernos com o melhor design, e, o mais legal, a preços bem acessíveis, pensando realmente nos novos profissionais.

Depois de ouvir muitos relatos de pessoas (avós, tios, pais) que sofriam de dores nas costas, dores na coluna e melhoraram muito simplesmente depois de usarem as palmilhas, fica aí a sugestão de um novo tipo de tratamento. Quem sabe essa não seja a solução que alguém estava esperando!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Muitas Histórias



Muito obrigado a todos pela contribuição!!! Vocês fizeram parte não só de uma história mas de muitas. A nova cozinha do Galera de Deus Escola de Valores está a todo vapor! Foram feitos muitas refeições com a ajuda da comunidade, incluindo a ceia de Natal - essa virou reportagem dupla da RPC. Vejam as fotos e vídeos, que mostram histórias que não existiriam sem a ajuda de vocês. Vocês estão todos convidados a irem até a sede do projeto e conhecerem pessoalmente as crianças e a cozinha que vocês ajudaram a montar. Abaixo estão os links para as reportagens e as palavras do Marcelo e da Maria Luiza Casanova.

Muito obrigado por fazerem parte dessas histórias e por terem proporcionado dias mais felizes a essas crianças!!!



"Bom dia Nelson!! Estou enviando fotos do material da cozinha que foi adquirido. Também seguem fotos do nosso primeiro almoço!!! A criançada tava toda entusiasmada!! Eu falei da campanha que fizemos para eles e da capacidade que cada um tem de transformar situações através do trabalho!! Também falei para eles de como poderíamos manifestar gratidão às pessoas que nos ajudaram, que era através de um comportamento novo cheio de respeito e de verdade, se dedicando mais e mais ao estudo levando tudo bem a sério!! Foi muito dez!!

Nestas fotos existem muitas histórias. Hoje descobri que a pobreza material se torna grave quando ela é seguida da pobreza espiritual, descobri que quando as pessoas têm necessidade do alimento, o que vemos é somente a ponta do iceberg. As maiores necessidades estão ocultas, você tem que 'revirar', e então descobre que a fome existe quando todas as outras coisas já se acabaram.

No dia do meu aniversário, recebi várias cartinhas, entre elas uma que fez com que tudo que eu fiz até agora valesse a pena!! Se fosse somente esse resultado eu estaria satisfesto!!! Uma menina de 10 anos escreveu: 'você é a luz que Deus enviou para iluminar o meu caminho, você me faz esquecer as tristezas de minha vida, você é um pai que eu nunca tive'. Só de escrever novamente eu me emociono...

Obrigado a todos que contribuiram! Ajude-nos a divulgar este trabalho! Assim estamos tendo a oportunidade de fazer cada vez mais, por pessoas e sobretudo crianças que realmente precisam!!!!!

Carinhosamente agradecido!!

Marcelo e Maria Luiza!!"


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cinco Ações para Ser Feliz


Quais são as 5 ações positivas que você pode fazer para melhorar o bem-estar na sua vida?

Nic Marks comenta no seu TED talk sobre os resultados do programa Foresight, feito para o Departamento de Ciências do Reino Unido. O projeto envolveu muitas e muitas pessoas, especialistas e evidências - uma enciclopédia. Embora as ações não sejam o segredo da felicidade, são coisas a partir das quais Nic acredita que a felicidade possa fluir. Segue o resumo delas.
  1. CONECTAR: A primeira delas é conectar. Seus relacionamentos sociais são os conectores mais importantes da sua vida. Você investe seu tempo com as pessoas que você ama? O tempo que você poderia investir e a energia? Continue investindo.
  2. SER ATIVO: A segunda é ser ativo. Quer a maneira mais rápida para se livrar do mau humor? Saia, vá dar uma caminhada, ligue o rádio e dance. Ser ativo é ótimo para nosso humor positivo.
  3. NOTAR: O quão atento você é às coisas que acontecem pelo mundo, às mudanças de estação, às pessoas ao seu redor? Você percebe o que está borbulhando dentro de você e tentando emergir baseado em muitas evidências por consciência, terapia de comportamento cognitivo? Isso é muito forte para nosso bem estar.
  4. CONTINUAR APRENDENDO: A quarta é sempre continuar aprendendo. É importante aprender durante todo o curso de uma vida. Pessoas mais velhas que continuam aprendendo e são curiosas possuem resultados de saúde muito melhores do que aqueles que começam a se acomodar. Mas não precisa ser educação formal; não é baseado em conhecimento. É mais curiosidade. Pode ser aprender a cozinhar um novo prato, pegar um instrumento que você esqueceu desde a infância. Continuar aprendendo.
  5. DOAR: A última é a mais "anti-econômica" das atividades: doar. Nossa generosidade, nosso altruismo, nossa compaixão, tudo está interconectado ao mecanismo de recompensa do nosso cérebro. Nos sentimos bem se damos algo. Podemos fazer uma experiência onde você dá a dois grupos de pessoas cem dólares de manhã. Você diz a um grupo que é para gastar com eles mesmos e ao outro para gastar com outras pessoas. Meça a felicidade deles no final do dia. Aqueles que saíram e gastaram com outras pessoas estão mais felizes do que aqueles que gastaram consigo.
E então, vamos ser mais felizes em 2011?