terça-feira, 14 de abril de 2009

Poder sem Limites - Parte 1


Vou postar aqui um pouco do conteúdo do livro Poder sem Limites - O caminho do sucesso pessoal pela Programação Neurolingüística, de Anthony Robbins. Paguei R$ 30,00 nele na Livraria Porto do Shopping Catuaí. Recomendo para quem não é tão cético, que analisa idéias diferentes, pois o livro oferece bastante conteúdo um tanto diferente do usual. Vou colocar aqui apenas uma descrição das idéias principais mas, para quem quer realmente conhecer e aplicar o que é ensinado, é necessário realmente ler o livro, porque ele apresenta os conceitos de forma mais aprofundada, exemplos, histórias, argumentos convincentes e exercícios práticos.

Segundo o livro, a qualidade de vida é a qualidade da comunicação e o maior dom que as pessoas bem-sucedidas possuem é a habilidade de agir, um "dom" que qualquer um pode desenvolver dentro de si. Todos nós produzimos duas formas de comunicação: a interna, que são as coisas que imaginamos, dizemos e sentimos dentro de nós mesmos, e a externa, expressas por palavras, tonalidades, expressões faciais, postura e ações físicas para nos comunicarmos com o mundo. Toda comunicação é uma ação e possuem alguma espécie de efeito em nós mesmos e nos outros. Todo comportamento e sentimento tem origem em alguma forma de comunicação. Pessoas que mudaram o mundo foram mestres comunicadores.

O nível de sucesso que a pessoa experimenta internamente - felicidade, alegria, prazer, amor - é o resultado direto de como a pessoa se comunica consigo mesmo, não resultado do que está acontecendo em sua vida - é a interpretação do que está acontecendo. Não se "pega" depressão, é preciso esforço para entrar nela - cair os ombros, olhar para baixo, falar em tom de voz triste e pensar nos piores momentos da vida.

Tony Robbins lista sete características fundamentais de caráter que dão o entusiasmo para fazer o que for preciso para as pessoas serem bem-sucedidas:
  1. Paixão - As pessoas de sucesso descobriram uma razão, um motivo que é consumidor, energizante, quase obsessivo, que as levou a fazer, a crescer, a tornar-se maiores. A paixão dá à vida poder, interesse e significado;
  2. Crença - As pessoas bem-sucedidas diferem das que falham numa escala muito maior em suas crenças. Nossas crenças sobre o que somos e o que podemos ser determinam precisamente o que seremos. O que acreditamos ser verdade, ser possível, torna-se verdade. Muitas pessoas são impetuosas, mas, devido às suas crenças limitadas sobre quem são e o que podem fazer, nunca agem de forma a tornar seus sonhos uma realidade;
  3. Estratégia - É um meio de organizar recursos. Spielberg calculou o que queria aprender, quem precisava conhecer e o que precisava fazer. Estratégia é o reconhecimento de que os melhores talentos e ambições também precisam encontrar o caminho certo;
  4. Clareza de Valores - Valores são sistemas específicos de crenças que temos sobre o que é certo e errado para nossas vidas, o julgamento fundamental, ético, moral e prático que fazemos sobre o que é importante, o que realmente importa. São os julgamentos que fazemos sobre o que torna a vida digna de ser vivida. Muitas pessoas não têm idéia clara do que seja importante para elas e fazem coisas que depois as tornam infelizes consigo mesmas. As pessoas bem-sucedidas têm em comum uma base moral fundamental, um sentido de quem são e por que fazem o que fazem.
  5. Energia - Pode ser o desempenho, o dinamismo empresarial, a vitalidade. Pessoas de excelência pegam as oportunidades e modelam-nas, vivem como que obcecadas pelas extraordinárias oportunidades de cada dia e pelo reconhecimento de que ninguém tem tempo suficiente. O grande sucesso é inseparável da energia física, intelectual e espiritual que nos permite obter quase tudo o que temos.
  6. Poder de União - Quase todas as pessoas de sucesso têm em comum uma extraordinária capacidade de unir-se com outras, de ligar-se e desenvolver uma relação harmônica de diferentes procedências e crenças, de formar laços que os unem a milhares de outros. Todos precisamos formar laços duradouros e afetuosos com os outros, sem os quais qualquer sucesso ou excelência é, na verdade, vazio.
  7. Domínio da Comunicação - A maneira como nos comunicamos com os outros e com nós mesmo é que, no final, determina a qualidade de nossas vidas. As pessoas que se realizam na vida são as que aprenderam a aceitar qualquer desafio que a vida lhes apresenta e a comunicar a experiência para si mesmas de uma forma que as faça mudar as coisas com sucesso. O que têm em comum é a habilidade de comunicar uma visão, uma indagação, uma alegria ou uma missão.
A Programação Neurolinguística (PNL) é o estudo de como a linguagem, tanto a verbal como a não verbal, afeta nosso sistema nervoso. Estuda como as pessoas se comunicam entre si, de forma que produzam ótimos estados de desembaraço, criado um maior número de escolhas de conduta. Oferece a chave para desvendar o mistério de como certas pessoas são capazes de, com frequência, conseguir o resultado ótimo. Uma pessoa pode levar anos em tentativas e erros até encontrar uma maneira específica de usar o corpo ou a mente para conseguir um resultado. Copiando as ações e as crenças que levaram esses anos para serem aprefeiçoadas, é possível obter resultados similares em tempo muito menor. Os dois primeiros homens responsáveis pela PNL foram John Grinder e Richard Bandler, que deram uma visão sistemática de como duplicar qualquer forma de excelência humana em um curto período de tempo. No entanto, diversas pessoas só aprenderam os padrões porém não tiveram poder para usá-los, ou seja, o conhecimento não é suficiente, a ação é que produz resultados.

Se você quiser alcançar o sucesso, encontre um meio de copiar aqueles que já são um sucesso. Descubra como agiram e, em especial, como usaram seus cérebros e corpos para conseguirem os resultados que você deseja duplicar. Tudo o que precisa fazer é encontrar modelos de excelência. Os que mudam e abalam o mundo são muitas vezes modeladores profissionais - pessoas que dominam a arte de aprender tudo que podem, seguindo mais a experiência de outros do que a própria. Sabem como salvar a única riqueza que nenhum de nós consegue ter suficiente, tempo. Para modelar excelência é preciso tornar-se um investigador, alguém que faz uma porção de perguntas e segue todas as pistas do que produz excelência. Bundler e Grinder descobriram três ingredientes fundamentais que devem ser duplicador para reproduzir a excelência humana:
  1. Sistema de Crenças - O que uma pessoa acredita, pensa ser possível ou impossível, determina o que ela pode, ou não, fazer. "Quer você acredite que pode fazer uma coisa, ou acredite que não pode, você está certo". Quando você não acredita que pode fazer alguma coisa, está mandando mensagens coerentes ao seu sistema nervoso, que limitam ou eliminam sua capacidade de conseguir aquele resultado. Se estiver consitentemente enviando mensagens congruentes que ao seus sistema nervoso que dizem que pode fazer alguma coisa, ele então avisa seu cérebro para produzir o resultado que deseja, e isso abre a possibilidade para que aconteça (a mesma idéia presente no livro O Poder do Subconsciente, de Joseph Murphy). Assim, se você consegue copiar o sistema de crença de uma pessoa, dá o primeiro passo para agir como ela age conseguindo, então, o mesmo tipo de resultado.
  2. Sintaxe Mental - É a maneira como as pessoas organizam seus pensamentos, como um código, uma ordem ou sequência correta. Os números de um telefone devem ser discados na ordem correta para falar com a pessoa desejada. O mesmo é verdadeiro para encontrar as partes do cérebro e do sistema nervoso que poderão ajudar, com mais eficiência, a conseguir os resultados desejado.
  3. Fisiologia - A mente e o corpo estão totalmente ligados. A forma como uma pessoa usa a fisiologia, o modo de respirar, manter o corpo, a postura, expressões faciais, a natureza e qualidade dos movimentos, determina em que estado a pessoa está. O estado, então, determinará a extensão e a qualidade dos comportamentos.
Os maiores modeladores do mundo foram os japoneses. A história industrial possui muitos poucos novos produtos ou avanços tecnológicos iniciados no Japão. Os japoneses só recolheram idéias e produtos que começaram nos Estados Unidos e, por modelagem, retiraram os melhores elementos e melhoraram o resto. Cada pessoa deve desenvolver seus próprios padrões, suas próprias estratégias. Não acredite muito em apenas uma coisa, pois sempre haverá um ponto sem solução. A PNL é apenas um instrumento, que pode ser usado para desenvolver as suas próprias abordagens, suas próprias estratégias, seus próprios critérios. Nenhuma estratégia funciona sempre. Modelamos o tempo todo, uma criança aprendendo a falar, um empresário estruturando sua firma. No entanto, a maioria de nós copiamos num nível desfocado e aleatoriamente, copiado alguma coisa boa aqui e alguma ruim acolá. Há recursos e estratégias fenomenais à sua volta. Se alguém é capaz de fazer algo notável, a questão que deve surgir é "Como ele criou este resultado?".

Há uma razão que explica por que as pessoas conseguem resultados fabulosos em um momento e resultados desastrosos em outro. Sendo a pessoa a mesma nestes dois momentos, a diferença está no estado neurofisiológico. Há estados que habilitam - confiança, amor, força interior, alegria, êxtase, crença - e paralisantes - confusão, depressão, medo, ansiedade, tristeza, frustração. Todos nós entramos e saímos de bons e maus estados e entendê-los é a chave para compreender as mudanças e conseguir a excelência. Um estado pode ser definido como a soma total de nossa experiência a qualquer tempo, em qualquer momento. Quase tudo que as pessoas querem é um estado possível: amor, um sentimento ou emoção que comunicamos para nós mesmos e que sentimos dentro de nós, baseados em certos estímulos do meio, confiança, respeito, os estados que o dinheiro representa - confiança ou liberdade, por exemplo.

Existem dois componentes principais do estado: a nossa representação interna - o que e como representamos em nossa mente, o que e como dizemos e ouvimos em nossa mente - e a condição e o uso de nossa fisiologia - postura, bioquímica, energia nervosa, respiração, tensão muscular/relaxamento. O que e como você imagina as coisas, assim como o que e como diz coisas para si mesmo sobre a situação do momento criam o estado em que fica e, assim, as espécies de comportamento que produz. A esposa entrará em estados diferentes se, enquanto aguarda o marido atrasado, pensar que ele está em um acidente ou se pensar que ele possui um caso clandestino. A partir de um estado de preocupação ou de um estado de sentir-se zangada, os comportamentos e os tratamentos dados ao marido no momento de sua chegada serão totalmente diferentes. As diferentes representações são influenciadas por diversos fatores, como as reações ou modelos das experiências de nossos pais ou outras pessoas importantes. Além disso, até mais importante e forte no modo como percebemos e representamos o mundo é a condição e nosso padrão de uso de nossa própria fisiologia. Tensão muscular, o que comemos, como respiramos, nossa postura, o nível global de nosso funcionamento bioquímico, tudo provoca um impacto no nosso estado. A representação interna e a fisiologia trabalham juntas, tudo que afeta uma automaticamente afetará a outra. Se seu corpo estiver em estado de muitos recursos pensará que seu cônjuge que já deveria ter chegado esteja preso no trânsito ou a caminho de casa. Se estiver muito cansado, com dor, com baixo nível de açúcar, a tendência é representar as coisas de forma que aumentem seus sentimentos negativos. Vemos o mundo diferente se estamos saudáveis, fisicamente vibrantes e vivos ou se estamos doentes ou cansados. Da mesma forma, quando sentimos as coisas como sendo difíceis e perturbadoras, nosso corpo segue o exemplo e fica tenso, cansado. Juntas, representações internas e condições fisiológicas criam nossos estados. Assim, para controlar nossos estados devemos controlar e conscientemente dirigir nossa rrepresentação interna e nossa fisiologia.

Antes de dirigir nossas experiências, devemos entender como as experimentamos. Seres humanos recebem e representam informações sobre o meio pelos 5 sentidos e formamos a maioria das decisões que afetam nosso comportamento usando três: o visual, o auditivo e os sistemas cinestésicos que estimulam o cérebro que, por sua vez, por meio de processos de generalização, distorção e cancelamento, filtra os estímulos em uma representação interna. Como a mente consciente não pode usar todos os sinais, o que resultaria em uma completa loucura de estímulos e decisões, o cérebro filtra e guarda as informações que precisa, ou espera precisar mais tarde, e permite que mente ignore o resto. Isto explica a diferença da percepção humana. Duas pessoas podem ver o mesmo acidente mas darem versões diferentes: uma pessoa pode ter prestado mais atenção ao que viu, outra no que ouviu, talvez uma já tenha sofrido um acidente e tenha representações internas muito vivas. Estas percepções e representação funcionam como novos filtros.

"O mapa não é o território". Uma vez que não sabemos como as coisas são na realidade, mas só como as representamos para nós mesmos, por que não representá-las de uma forma que nos fortaleça e aos outros, em vez de criar limitações? As pessoas de sucesso são capazees de ter acesso aos estados mais cheios de recursos de forma consitente. Não é o que lhes aconteceu que importa, mas a maneira como representaram o que aconteceu. Se representarmos para nós que as coisas não vão funcionar, elas não funcionarão. Se formamos uma representação de que as coisas funcionarão, então criamos os recursos internos que precisamos para conseguir o que nos apoiará na produção de resultados positivos. Seu comportamento não se confunde com você. Fazer generalizações como "sou ciumento" só significa que representou coisas de forma tal a criar esse estado. O comportamento humano é resultado dos estados. Se você já conseguiu um resultado de sucesso, para reproduzi-lo, adote as mesmas medidas mentais e físicas que tomou na ocasião, como se preparou, o que imaginara, o que dissera, o que ouvira.

Há o fator que determina com antecipação como representaremos interiormente nossas experiências criando nossos estados. É chamado de o maior poder, a crença, tema do próximo post.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um pouco de administração do tempo


Vou postar aqui algumas dicas sobre Administração do Tempo que li no começo do ano quando tava fazendo meu Planejamento Estratégico Pessoal e na palestra da Semana da Pequena Empresa do SEBRAE. A Administração do Tempo, conforme o E-book muito interessante que li da Franciane Ulaf (disponível no Scribd), é realmente eficaz quando alinhado com os valores e a missão pessoal. A administração do tempo envolve o estabelecimento de prioridades e objetiva, no fim das contas, ter tempo para fazer o que se gosta, algo que só é conhecido com clareza após um pouco de reflexão. Por isso, ao invés de colocar fotos de relógios e pessoas correndo, como o mais comum, coloquei a foto do gatinho que achei com a palavra "férias", que pra mim mostra melhor o que é ter o tempo bem administrado rsrs.

Primeiramente, existem dois tipos de tempos: o Chronos e o Kairos. O Chronos é o tempo cronológico, mensurável, igual para todos, como as 24 horas do dia. O Kairos é o tempo vivido satisfatoriamente, em relação aos valores, e está ligado a Qualidade de Vida.

Seguindo os conceitos antigos, existem 3 diretrizes gerenciais básicas:
1) Faça uma lista das atividades que você precisa executar diariamente; estabeleça prioridades e programe as atividades, concentrando-se nestas atividades até que os itens programados sejam executados;
2) Cuide primeiro dos assuntos importantes, que devem prevalecer sobre o que parecem urgentes;
3) Distribua sua carga de trabalho proporcionalmente de acordo com a importância dos assuntos que você tem à mão;

Algo muito comum também nos textos sobre administração do tempo é a agenda, que, quando bem utilizada, pode trazer até 30% a mais de rendimento de tempo. Para usar bem uma agenda, o tempo de cada atividade deve ser avaliado e cerca de 10% do dia deve ser deixado para atender imprevistos. Faça primeiro as tarefas que você não gosta de fazer e as que exigem mais de você. Divida o trabalho em partes e elimine tarefas ou informações de pouco valor. Planeje por escrito as reuniões, fixando os objetivos e a pauta comunicando-a aos participantes com antecedência. Existe também o "esqueça lembrando": anote as suas atividades para esquecer e não preocupar-se com elas enquanto trabalha, lembrando delas apenas nos momentos em que é necessário lembrar.

Segundo Franciane Ulaf, um dos pontos mais importantes para administrar bem o tempo é estabelecer prioridades coerentes. Para isso, é crucial conhecer a diferença entre urgência e importância. A falta de organização e determinação de prioridades faz com que passemos a maior parte do tempo "apagando incêndio" com coisas urgentes. Essas coisas urgentes, no entanto, nem sempre o foram. É a negligência de alguém que, na maioria das vezes, faz com que algo seja postergado até que sua resolução se torne urgente. Essa relação importância x urgência é importante também na vida pessoal. Se conflitos familiares não forem tratados quando surgem, grandes problemas de relacionamento poderão surgir no futuro.

É possível classificar as atividades em 4 tipos: Tipo 1, Urgente e Importante, Tipo 2, Importante porém Não Urgente, Tipo 3, Urgente porém Não Importante e Tipo 4, Nem Importante Nem Urgente. As atividades do Tipo 1 são problemas imediatos de resolução imprescindível, crises, acidentes, compromissos com data marcada. As do Tipo 2 podem ser atividades de prevenção, planejamento, manutenção, identificação de novas oportunidades, relacionamentos, saúde, família, objetivos de vida, sonhos, etc. As do Tipo 3 são interrupções, telefonemas, correspondências, urgências de terceiros, compromissos com data marcada mas sem importância. E as do Tipo 4 são detalhes, atividades agradáveis, passatempos.

O interessante é que, segundo Ulaf, a maior parte das pessoas vive entre as atividades Tipo 1 e Tipo 4, justamente as que devemos evitar. As atividades urgentes do Tipo 1 não podem ser negligenciadas e, devido à falta de organização, a pessoa se torna escrava das urgências do dia-a-dia e, quando consegue um tempo de folga, ao invés de realizar uma atividade Tipo 2 foge para uma atividade Tipo 4 procurando uma sensação de alívio, pois sabe que em breve retornará a uma atividade Tipo 1. É comum confundir algo como sendo importante simplesmente por ser urgente. Para saber se uma atividade é do Tipo 3, Urgente e Não Importante, pergunte se a atividade urgente contribui para a realização de um objetivo importante. Se a resposta for não, então a atividade é do Tipo 3. O ideal, segundo o E-book, é eliminar as atividades do Tipo 3 e 4, atividades Não Importantes, e manter-se em atividades do Tipo 1 e 2, Importantes, que contribuem com os objetivos. Atividades do Tipo 4 são desperdícios e devem ser evitadas. O lazer, em si, não faz parte deste tipo mas sim o descanso que nunca acaba, como programas inúteis de TV ou leituras que não acrescentam nada.

"A arte de administrar o tempo está no equilíbrio e propósito do que você considera importante para a sua vida", ao invés de agir e trabalhar mecanicamente sem visão de longo prazo ou saber o que se quer . "Ocupamos mais tempo buscando razões pelas quais não realizamos algo que desejamos do que para planejar aonde queremos chegar", alegando falta de tempo e culpando fatores externos ao invés de nos responsabilizarmos pelas nossas atitudes. "De nada adianta conceber o futuro sem determinação para atingi-lo", ou seja, não adianta planejar e não agir, priorizar e não cumprir. "Mais importante do que aprender a administrar o relógio é saber utilizar a bússola", ou seja, técnicas de administração do tempo por si não resolvem a falta de tempo se a pessoa não souber aonde quer chegar ou o que quer do futuro. "Pessoas estressadas se recusam a reformular seus compromissos". O estresse nasce dentro da pessoa. "Levar uma vida complicada é uma ótima maneira de evitar mudanças", ou seja, justifica-se com uma vida complicada o comodismo, a falta de iniciativa, a negação da reflexão e a fuga do auto-enfrentamento para evitar mudanças necessárias. Por fim, "Você não conseguirá arrumar tempo se não parar para reavaliar o que está fazendo".

É interessante também as gerações de administração do tempo, que evoluiu com nomes como Peter Drucker, Tom Peters e Stephen Covey. A 1ª geração consistia na preparação e na monitoração das atividades diárias por listas de afazeres, bilhetes e deveres porém peca na ineficácia, na falta de prioridades e de objetivos. A 2ª geração passou a utilizar agendas e calendários para previsões e planejamentos com preparação e metas. No entanto, o que era externo ao programado era visto como ameaça e as pessoas vistas como recursos, sem tempo para interrupções e com metas geralmente profissionais. A 3ª geração é a mais difundida, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo baseando-se em valores que estabelecem as prioridades, eficiência, responsabilidade pelos resultados e gerenciamento pessoal. No entanto, esta geração dá à pessoa a sensação de controle total, de que pode criar suas próprias leis, como se pudesse plantar no inverno. Além disso, é individualista e não compreende a interdependência entre as pessoas e pode induzir a hiperatividade e desequilítrio entre prioridades, fazendo com que as pessoas vivam em função de seus compromissos. A 4ª geração utiliza o que há de melhor nas outras gerações mas transcende a administração do tempo para abordar a liderançda de vida, buscando a qualidade de vida alicerçada em princícipios universais. Foca o que é realmente importante voltando-se para a preservação e melhoria dos relacionamentos, a eficácia e o bem-estar. Dentro desta geração, é impensável definir velocidade e detalhes técnicos antes da direção para economizar minutos quando podemos estar desperdiçando anos seguindo o caminho errado. Pelo visto, os conceitos de Administração do Tempo vêm evoluindo para nos tornar mais humanos e menos máquinas, o que eu acredito que vá aumentar consideravelmente nossa produtividade e nossas contribuições com o mundo.

Por fim, segue um resumo de dados e dicas.

Alguns Desperdiçadores de Tempo
  • Planejamento inadequado;
  • Administração por crise;
  • Desorganização pessoal;
  • Problemas de comunicação;
  • Dificuldade de tomar decisões;
  • Dificuldade em diagnosticar problemas;
  • Incapacidade de dizer não;
  • Uso inadequado de telefone e internet;
  • Perfeccionismo;
  • Falta de estabelecimento de objetivos pessoais;
  • Falta de informações;
  • Cobrança incompleta e descontínua;
  • Excesso de reuniões e burocracia;
  • Centralização de poder;
  • Resistência às mudanças.
Antídoto aos Desperdiçadores
  • Planejamento;
  • Organização;
  • Autoconhecimento;
  • Autodisciplina;
  • Flexibilidade;
  • Delegação;
  • Tomada de decisões;
  • Concentração no que está fazendo;
  • Libertar-se da Procrastinação.
Economizadores de Tempo
  • Uso de agenda;
  • Reuniões produtivas;
  • Lista de afazeres e definição de prioridades;
  • Definição de metas;
  • Organização e acesso com rapidez de informações usadas com frequência;
  • Uso de internet e telefone de forma eficiente;
  • Comunicação simples e direta.
Soluções Práticas
  • Estabeleça metas: anuais, mensais, semanais e diárias;
  • Programe suas tarefas e atividades da semana e do dia, em função dessas metas;
  • Identifique as atividades que levem aos resultados e concentre-se nela;
  • Faça as coisas em ordem de prioridade;
  • Controle, diariamente, as atividades realizadas e os resultados alcançados;
  • Saiba onde seu tempo é realmente empregado;
  • Estabeleça data e hora para início e fim de cada atividade;
  • Elimine desperdiçadores de tempo;
  • Melhore suas rotinas e hábitos de trabalho
Como cumprir prazos importantes (Folha Online)
  • Anote a tarefa que você está evitando. "Estudar mais" é muito vago, sendo melhor algo como "Escrever um ensaio sobre as peças de Shakespeare".
  • Pergunte-se por que está evitando a tarefa. Não gosta, tem medo de não conseguir fazê-la direito, considera-se muito desorganizado? Se achar difícil, pergunte a um amigo os motivos pelos quais eles adiam as coisas.
  • Enumere as razões pelas quais o atraso lhe seria vantajoso. Por exemplo: você pode preferir fazer outras coisas; você não precisa, de fato, se acabar de trabalhar; você não tem de passar por ansiedades por causa da tarefa, e assim por diante.
  • Faça uma lista de motivos pelos quais o atraso poderia prejudicá-lo. Por exemplo: você não vai conseguir uma boa nota no exame; ou você ficará muito envergonhado de convidar amigos se continuar protelando a limpeza da casa.
  • Tenha pensamentos positivos sobre si mesmo e sobre a tarefa que o espera. Divida a tarefa em partes menores, mais controláveis, e estabeleça prazos curtos, nos quais deverá terminar cada parte. Seu objetivo é a conclusão, não a perfeição.
  • Peça a um amigo ou colega para ajudá-lo, responsabilizando-se com ele. Conte-lhe a data em que a tarefa precisa estar terminada e peça-lhe que verifique seu progresso de vez em quando.
Oito maneiras de superar o adiamento
  1. Faça agora e fará uma vez somente: não fique lendo e relendo para fazer uma ação. Leia e aja;
  2. Clareie a sua mente: não postergue nada. Program o que você vai fazer e realmente faça ou esqueça o que você não vai fazer;
  3. Resolva os problemas enquanto eles são pequenos: caso contrário seus problemas crescerão e consumirão mais tempo;
  4. Diminua as interrupções desnecessárias: isso o ajudará a ser mais produtivo;
  5. Coloque os atrasos em dia: os trabalhos atrasados criam o seu próprio trabalho extra;
  6. Comece a operar visando o futuro e não o passado: trabalhe sempre de forma preventiva,
    antecipando-se;
  7. Pare de se preocupar: o grande dano do adiamento é o cansaço mental e psíquico que isso
    causa;
  8. Agora sinta-se melhor em relação a si mesmo: a conclusão de tarefas evita o estresse e a
    ansiedade e traz mais autoconfiança e auto-respeito.